segunda-feira, 9 de março de 2009

ENQUANTO HOUVER PLATÉIA O SHOW CONTINUARÁ


A mídia brasileira há muito não exerce com seriedade seu papel. Infelizmente, não há monitoramento das questões que são levantadas. Vender hoje é o que importa. Analisar e ser abrangente com os fatos que ocorrem não fazem mais parte do jornalismo.
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As recentes tragédias sociais que tomam conta de nosso país parecem não ser o suficiente para que a imprensa pense e repense qual o seu verdadeiro papel, diante de todas essas mazelas.
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O que falta? Respeito, ética, coerência e responsabilidade do meio, dos jornalistas e da sociedade, pois se não houver público, não haverá espetáculo. Enquanto houver platéia o show continuará.
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Os exemplos de cobertura de casos como o cárcere privado a que foi submetida a jovem Eloá, que depois seria assassinada pelo namorado, mostram que os jornalistas abusam daquilo que chamam de liberdade de expressão.
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Mas onde começa e onde termina o direito do outro? Teria a imprensa brasileira o direito de interferir no trabalho da polícia ou da justiça? Até onde vai a missão de manter informada a população?
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Os meios de comunicação no Brasil têm feito bem mais do que exercer o papel de agente formador de opinião ou fiscalizador. Eles extrapolaram suas premissas e as transformaram em espetáculos, fazendo mau gosto, aquilo que deveria ser uma pauta séria, contextualizando os fatos mostrando que no país morrem várias pessoas por dia de formas tão trágicas quanto o da adolescente, que além de vítima do ciúme, tornou-se vítima de abuso do poder da comunicação.
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Lições como essa parecem não surtir efeito, quando a busca pelo furo de reportagem e a concorrência pela informação inédita são mais importantes do que o fato em si.
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Muitos devem lembrar do caso da Escola Base, quando a imprensa, antes mesmo da conclusão do inquérito policial, deu sua sentença. As reportagens “condenavam” inocentes por um crime que não cometeram. Mais tarde os acusados foram declarados inocentes e coube aos “acusadores”, neste caso a mídia, o ônus de se desculparem, pagando indenizações, como se isso pudesse reparar todo o mal causado aos donos da escola e seu motorista.
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Uma imprensa vigilante é algo que parece utópico à medida que os veículos de comunicação são instrumentos que devem gerar lucro, muitas vezes a qualquer preço, como têm demonstrado no exercício da profissão.
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Em que país podemos admitir que um órgão da imprensa coloque um criminoso para falar ao vivo a toda uma nação, enquanto a polícia tenta isolá-lo, na tentativa de resolver o caso o quanto antes e libertar a refém? Talvez na ficção como observamos no filme “O Quarto Poder”.
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Para que a imprensa possa cumprir seu papel social de informar e muitas vezes denunciar, seria necessário que houvesse independência ao que hoje sustenta as redações dos jornais e televisão: os grandes anunciantes.
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Mas qual é o papel social do jornalismo brasileiro? "Investigar", analisar, contextualizar e informar o receptor, com ética, clareza e simplicidade os fatos que são importantes para a sociedade.
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Por Andrea Machado e Fabiano de Souza
Imagem: deboralucas.blogspot.com

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MÃO DUPLA

São Paulo vê exportações de têxteis caírem 49% e importações chinesas aumentarem 48,6%



O setor têxtil e de confecção paulista fechou o primeiro mês de 2009 com um déficit de US$ 47,2 milhões em sua balança comercial. Foram importados US$ 66,9 milhões em produtos têxteis contra US$ 19,8 milhões exportados. Apesar do câmbio favorável, os resultados de janeiro ainda não refletem, seguindo a lógica cambial, a redução nas importações e nem o aumento das exportações. Para se ter uma idéia, a China (principal mercado de importações brasileiras) enviou ao País, no primeiro mês do ano, 48,6% a mais de produtos têxteis e confeccionados do que em relação ao mesmo período de 2008. O aumento nas importações, apesar da crise, é resultado dos contratos fechados há seis meses. Portanto, compras feitas antes da crise tiveram seus produtos embarcados em novembro e desembaraçados pela alfândega brasileira em janeiro. O Sinditêxtil-SP acredita que esse crescimento deva sofrer redução nos próximos meses. Já no caso da queda pela metade das exportações paulistas é explicado pela recessão dos EUA e pelas medidas protecionistas da Argentina, os dois principais destinos das exportações brasileiras de têxteis.

"Após a crise, a China adotou uma estratégia de redução de preços como forma de manter as exportações. O Brasil é um país foco para escoar essa imensa produção. Esperamos uma redução no valor das importações, mas podemos ter uma surpresa no volume nos próximos meses. Por sua vez, outros países estão adotando medidas de protecionismo para dificultar a entrada de produtos estrangeiros, como medidas preventivas ao escoamento chinês. Nossas exportações já têm sentido essa barreira. Temos licenças de importação paradas na Argentina há mais de 60 dias" declarou Rafael Cervone, presidente do Sinditêxtil-SP.

O Sinditêxtil-SP reafirma que é preciso aproveitar o momento e mexer urgentemente na questão tributária para tornar os produtos mais competitivos. "O anúncio do governador Serra, semana passada, é positivo, pois inventiva os investimentos, mantém o mesmo deferimento para o ICMS paulista (de 18% para 12%) e ainda isenta o ICMS para compra de insumos que serão destinados a produtos de exportação (drawback paulista). Contudo, ainda vamos insistir na redução do ICMS para 7%" conclui Cervone.


Exportações

Em janeiro, as exportações paulistas de produtos têxteis e confeccionados apresentaram queda de 49,03% em termos de valor e 49,01% em volume, se comparado ao mesmo período do ano passado. As principais quedas afetaram fibras têxteis (- 54,28%), fios (-42,46%), filamentos (- 59,40%), tecidos (- 60,97%), linhas de costura (- 66,04%) e confecções (- 46,64%).

Importações

No primeiro mês de 2009, quando comparadas ao mesmo período de 2008, as importações apresentaram queda de 11,36% em termos de valor e 29,76% em volume. Apesar de queda geral, alguns produtos importados tiveram crescimento, entre eles vestuário (+ 50,41%), e roupas de cama, mesa e banho (+ 16,08%).
Por Roger Canutto

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

HAVAIANAS É MAIS

O Espaço Havaianas é um convite para uma experiência sensorial em uma loja que reúne tudo o que os apaixonados pela marca sempre sonharam: a linha completa de sandálias, modelos exclusivos para exportação, customização e muito mais




A fachada horizontal de 12 metros integra a Oscar Freire a uma posição que permite uma visão panorâmica do Espaço Havaianas. Ao descer a escadaria que dá acesso à loja, é possível visualizar ao fundo um paredão de sandálias em cores vibrantes que formam um imenso arco-íris.O Espaço Havaianas é o único lugar no mundo onde é possível encontrar todos os produtos da marca. São mais de 350 sandálias diferentes, além da recém-lançada coleção de bolsas e também toalhas, chaveiros, pins e meias.Simplicidade e sofisticação se combinam de forma harmoniosa nos nichos que revelam a marca:Barraca de Feira - em homenagem à origem popular das Havaianas, a barraca expõe os modelos mais tradicionais da marca como se fossem frutas da estação.Contêiner - todos os modelos exclusivos para exportação são encontrados em um verdadeiro contêiner, como os utilizados nos navios cargueiros.Customização - brinque com as inúmeras possibilidades de combinações entre solas, tiras e pins disponíveis. O par de Havaianas ideal se transforma em realidade em poucos minutos.

Seu par de Havaianas personalizado passa a integrar um Catálogo Virtual.

Cilindro - exibe a coleção de bolsas Havaianas que promete ser o novo must have do verão 2009. Descontraídas e extremamente funcionais, as cinco famílias de bolsas foram criadas para carregar com carinho os itens do dia-a-dia, seja qual for seu estilo.

Árvore de Ipê - reforçando o compromisso de Havaianas com o meio-ambiente, as sandálias criadas em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) são expostas junto a uma árvore de Ipê e 7% da receita deste produto é destinado às pesquisas do instituto.

Totens Metálicos - as últimas novidades das sandálias Havaianas podem ser conhecidas nesta área.

Quebra-cabeça - os modelos Havaianas Baby e Kids estão expostos em um divertido display em formato de quebra-cabeça.

O Espaço Havaianas expressa a energia, a alegria e o colorido da marca em uma combinação improvável de conforto e estilo, do simples e do sofisticado, da feira e do baile, do trabalho e do prazer.
A Havaianas vai mexer com todos os seus sentidos... Havaianas é mais...


Onde: Espaço Havaianas

Rua Oscar Freire, 1116, Jardins - São Paulo, SP. Tel 11 3079-3415Segunda a sábado - das 10 às 20h

Por Roger Canutto

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

CESARE BATTISTI

O HOMEM QUE, CUJA HISTÓRIA, COLOCA EM "XEQUE" A DIPLOMACIA BRASILEIRA E A LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS


O Procurador Geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, foi favorável ontem, 28/01, ao pedido de entrevistas solicitado pelos meios de comunicação O Globo, Folha de S. Paulo, A Repubblica e La Stampa, à Cesare Battisti, preso pela Polícia Federal em março de 2007, no Rio de Janeiro e levado ao Depto. da PF em Brasília, onde encontra-se até hoje, aguardando a pronúncia do Supremo Tribunal Federal sobre o pedido de extradição requerido pela justiça italiana.

O pedido de extradição foi solicitado, por ele ter sido julgado e condenado à prisão perpétua em 1988, na Itália, pelo assassinato de 4 pessoas nos anos de 78 e 79 cometidos pelo PAC, Proletários Armados pelo Comunismo. Porém, ele nega participação nos crimes e alega que desde 1978 não faz mais parte do grupo.

Antes de entrar para o grupo, Battisti já havia sido condenado por assalto à mão armada e esteve preso por 2 anos. Após ser libertado foi perseguido novamente e na cidade de Milão, onde viveu clandestinamente, deu início à sua participação no PAC.

De 1981 até 2004 ele se refugiou na França e no México, neste último fundou, em 86, a revista Via Libre. Em 90 retornou a França e foi preso em seguida, devido ao pedido de extradição do governo italiano. Mas em 91 foi solto, pois os tribunais franceses recusaram o pedido da Itália. Em 2004, a França autorizou sua entrega às autoridades italianas. Devido a este ato francês, Battisti fugiu novamente, porém seu destino foi o Rio de Janeiro onde residiu até sua prisão em 2007.

Um grupo representando a Secretaria Especial de Direitos Humanos e de Parlamentares conseguiram, logo em seguida de sua prisão, uma decisão judicial para realizar uma visita a Battisti. Nela verificaram que ele não estava sendo maltratado, mas observaram que, seu acesso à jornais, livros, frutas e biscoitos eram somente uma vez por semana e sua situação era vexatória, pois para escrever possuia somente o miolo de uma caneta.


Vale ressaltar que parte da população brasileira não tem acesso à frutas, canetas, cadernos e vivem em estado lastimável. O seu acesso aos tratamentos médicos levam meses e quando os tem são em condições precárias. Elas são pessoas simples. Não furtam e muito menos são homicidas. Então eu pergunto: o que a Secretaria Especial de Direitos Humanos e esses Parlamentares estão fazendo por elas? É, também, uma questão de dignidade, respeito e dever do Estado e Órgãos competentes dar qualidade de vida para essas pessoas.

Outra pergunta: porque o Ministro Tarso Genro não tomou providências para dar asilo político aos dois atletas cubanos que não queriam voltar ao seu país, durante os jogos Pan Americanos, em 2007, que queriam fugir do regime de Fidel? Será que se eles tivessem contratado o Dr. Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do Partido dos Trabalhadores e de Battisti, para defendê-los naquele momento, eles teriam conseguido asilo político no Brasil?

São dúvidas que o Sr. Ministro poderia responder com clareza à população brasileira e a Secretaria Especial de Direitos Humanos também.

Enquanto isso, aguardaremos às entrevistas de Cesare Battisti às emissoras e jornais autorizados pelo Procurador Geral da República.

Por Andrea Machado
Fotos: destaknews.blogspot.com e www.foer.org

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

HOMEM, MODA E TRADIÇÃO

masculina outono-inverno 2009/10: Empório Armani / milão


Uma elegância esportiva que logo conquista e arranca lágrimas de satisfação. O homem Empório veste grandes encharpes de veludo, calças de cintura alta e cinzas quentes e sofisticados.
Dando uma volta pela perfeita alfaiataria da coleção, ajustada ao corpo e com ombros acentuados, Armani trouxe um visual presidencial jovial, no irresistivel estilo italiano. Segundo suas próprias palavras, “é uma imagem renovada do clássico”.

Enquanto Armani experimentou algumas texturas, definitivamente continuou fiel à sua assinatura na mistura de conforto e elegância. Isso significa uma variedade de calças de veludo fluido combinadas com blazeres ajustados ou um tricô quente e confortável com camisas sedosas em tons sóbrios, tais como cinza, marinho e marrom. Armani declarou que existem momentos durante o desfile que é possível ultrapassar um pouco os limites, e que sabe como mudar a moda masculina sem chocar. É assim que me sinto confortável em dizer que Armani faz exatamente o que todo homem gosta, bela roupa inovação e descrição.

por Roger Canutto
foto Mauricio Miranda